10
fev

Do Homo Erectus aos índios: conheça a origem do churrasco


Sexta-feira à tarde, fim de expediente e um calor beirando o insuportável. O que vem à mente quando você pensa em ser feliz no fim de semana todo? Se você respondeu “um belo de um churrasco”, bem-vindo ao clube! Nós também não conseguimos deixar de pensar nessa maravilha por aqui.

Cerveja trincando – a famosa canela de pedreiro -, carvão queimando na churrasqueira e, claro, carne de todo o tipo já temperada e esperando para assar deliciosamente para ser devorada a seguir! Só de imaginar a sensação de paz e alegria que esse momento proporciona, chega a cair uma lagrimita de felicidade aqui!

Não dá pra negar que o churrasco é uma paixão nacional…. Esqueça o futebol, a praia, o pastel e a pizza; o bom e velho churrasquinho une todos: esquerda e direita, paulistas e cariocas, brasileiros e argentinos… Todos!

Mas você sabe qual é a origem do churrasco? Não? A gente conta pra você! 😉

Churrasco e o Homo Erectus

Tudo começou há longínquos 1,8 milhão de anos, quando nosso ancestral Homo Erectus começou a cozinhar sua caça com fogo.

Ele já havia chegado à conclusão de que esfregando duas pedras uma na outra produzia uma faísca que, se colocada em algum lugar de fácil combustão, faria fogo!

Da grande descoberta até concluir que se a carne (caça) passasse pelo fogo ficaria mais saborosa e aguentaria mais tempo antes de estragar, foi um pulo!

Essa é a origem do hábito de se “queimar uma carninha”…, mas, afinal, como surgiu o churrasco como o conhecemos?

Churrasco e os índios

Não se sabe ao certo onde o termo “churrasco” surgiu. Há quem diga que os espanhóis, ao desembarcarem no Caribe, usaram a palavra “barbacoa” para se referir ao método dos nativos de cozinhar a carne lentamente sobre uma plataforma de madeira.

Outros afirmam que o churrasco teve origem na palavra basca “Sukarra”, onde su significa fogo e karra significa chama.

Aqui no nosso querido Brasil o churrasco como conhecemos surgiu no Pampa, região da América do Sul que reúne Brasil (Rio Grande do Sul), Uruguai e Argentina. Os índios que habitavam a costa das três Américas assavam carne ao ar livre em uma fogueira sobre pedras com o auxílio de uma “grelha” de madeira verde.

Após a destruição da comunidade, em 1768, os rebanhos ali criados ganharam os campos e se multiplicaram à vontade. Eram um prato cheio para os tropeiros vindos de Laguna e São Paulo, cuja refeição básica nas breves paradas de acampamento era um bom pedaço de carne fresca assada ao calor das brasas no chão e temperado com um pouco de cinza.

Tradição

Tropeiros, invernadores e peões eram exímios consumidores de carne (que agora podia ser salgada). Eles copiaram o costume indígena de colocar mantas de carne sob o arreamento, no lombo do cavalo, enquanto se deslocavam. Assim, no ponto de parada, a carne estava devidamente salgada pelo suor do animal, pronta para ir ao fogo.

Legal, não é? E que bom que hoje você tem à disposição uma infinidade de temperos e molhos para escolher!

No Pampa, o churrasco tradicional é feito com pedaços grandes de carne e em fogo de lenha no chão. Cravam-se os espetos de madeira na diagonal, perto do fogo, e dali se tiram lascas das partes externas mais assadas – enquanto as mais internas continuam assando.

Geralmente, a opção é feita por carnes com alguma gordura – como a costela -, que é coberta de sal e levada ao fogo demorado, assando primeiro de um lado e depois do outro… deu até fome, né?

Enfim, o churrasco está presente em diversas culturas, mas, modéstia à parte, o nosso modelo brasileiro é referência mundial! Nos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Itália, Suíça, Inglaterra, Tailândia e em muitos outros países, pode ter certeza que existe uma churrascaria brasileira de sucesso!

Conta pra gente, após ler esse texto, quando será o seu próximo churrasco?!


Compartilhar o post